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Mesmo sem ter ainda uma regulação para as eólicas offshore, a Corio vem apostando no mercado brasileiro. A geradora, que tem cerca de 30 GW em desenvolvimento no mundo, tem os projetos da Central Geradora Brigadeiro registrados no Ibama e já solicitou o EIA-Rima para três empreendimentos.

O diretor Ricardo De Luca acredita que em 2030 as eólicas no litoral brasileiro já estejam em operação, mas afirma que é necessário, para isso, que as regras sejam definidas o quanto antes. Ele calcula que se 25% dos projetos apresentados já estivessem na primeira fase do licenciamento, de cessão de área de uso, cerca de US$ 5 bilhões já estariam sendo investidos em etapas iniciais, como trabalhos com a comunidade, inspeções e coletas de peixes.

“Estamos prontos para investir no Brasil. As empresas querem investir agora”, afirma De Luca, que participou do ‘UK & Brazil: Partners in Energy’, na última segunda-feira, 19 de junho, no Rio de Janeiro (RJ).

Ainda de acordo com o executivo, a demora na definição do marco regulatório para as eólicas offshore pode trazer um risco de desaceleração dos investimentos. Outros países já estariam avançando na tecnologia, como Grécia e Turquia.

A expectativa vem em duas frentes: uma, a que espera que o governo avance na regulação por meio de um decreto, e a outra, a que aguarda a votação na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei do então Senador Jean Paul Prates. De Luca vê similaridades e positividade nas duas propostas.

O decreto poderia detalhar fases que estão inseridas no PL, como o tamanho máximo da área a ser requisitada. “Acreditávamos que isso já  poderia estar sendo adiantado”, observa. O governo estaria aguardando a aprovação no parlamento para evoluir na regulação.

Por enquanto, a Corio está sozinha nos seus projetos no Brasil, mas o executivo não descarta parceiros para desenvolver as usinas eólicas. A sinalização da Petrobras – que desde a assunção de Jean Paul Prates à presidência da estatal acena com eólicas offshore e transição energética – é vista como positiva para o setor, por se tratar de uma das maiores empresas do Brasil e líder em energia. “É muito importante eles estarem nisso. Eles ajudam a destravar muita coisa e acelerar processos”, comenta. Sobre uma eventual parceria, De Luca diz estar aberto a conversas, mas ainda não vê os projetos nesse estágio.

O diretor da Corio tem buscado mostrar a importância de destravar a regulação e mantém a aposta na fonte para a reindustrialização nacional, devido a sua capacidade de gerar empregos. Em outubro de 2022, o Ministério de Minas e Energia publicou as diretrizes para o aproveitamento da geração de energia elétrica offshore.

Entre a cessão de área e o término da construção, o tempo médio estimado para uma eólica no mar é de oito anos. Os cinco projetos Brigadeiro estão nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste e somam mais de 5 GW. A empresa já fez estudos ambientais, de conexão de grid para o futuro e de supply chain.